quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

POETA QUE ME PARIU

Acordar de madrugada
é a minha rotina.
As palavras não dormem;
dorme só, minha menina.
Ao levantar-me
no escuro, uma quina...iiii!
(Poeta que me pariu!)
Já é a primeira dor
que chega e me domina.
Depois vêm outras dores.
Já é bem tarde, sol em cima.
Voltar à cama não dá mais
e nem mais me quer
minha linda Cristina.
Meu corpo reclama e ensina
que a função de escrever
é igual a distância que há
entre a dor e a aspirina.

Um comentário:

Silvana Bronze disse...

Teu poetar não perde em nada para qualquer poeta da literatura brasileira...quiça qualquer outro do planeta.