quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Poema ingrato

(réplica escrita pelo Chaplin ao meu: "Poema Político" )


Ah! Meu senhor do colarinho branco!
Seda na gravata e Rolex no braço!
Tua carne gorda e verbo franco,
teu discurso rico em cada traço.

Tua máscara é teu próprio engano,
e tua soberba cairá com os ventos;
não consegues ver teu ego insano
onde fervilham vermes fedorentos!

Os inocentes famintos, desdentados,
um dia cobrarão dente por dente;
analfabetos com os olhos vazados
te mostrarão cada grão, cada semente!

Os pobres entristecidos, mas em paz,
te verão dando o braço a satanás.

Nenhum comentário: