domingo, 5 de setembro de 2010

A puta que me pariu


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A puta que me pariu!
(soneto do órfão parido)

Oh, divina vagina iluminada!
caminho quente, quase febril,
que deu à luz, essa coisa mal gerada,
quem foi a puta que me pariu?

Quero saber qual mãe tive
se foi mãe laica ou servil
se já morreu ou em mim vive
essa puta que se exauriu!

Oh, mãe de todas as desgraças
qual delas em mim serviu?
Me desfaz de todas as farsas

e me diz: qual puta de mim partiu?
mas só me diga se for o fino da raça,
quero valer à pena quem me expeliu!

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